Como ficar mais inteligente? Escrevendo à mão!
Anotar aulas e elaborar resumos à mão fazem fixar melhor o conteúdo
Se você está tirando uma foto da lousa, gravando o que o professor está falando ou anotando com o teclado, certamente está conseguindo registrar tudo, mas não está absorvendo o conteúdo. Quando você anota à mão, não consegue captar todas as palavras do professor, o que lhe obriga a, de certa forma, “resumir” o conteúdo na mente ou captar as palavras-chave. Com isso, você é forçado a prestar mais atenção, o que com certeza é mais efetivo do que simplesmente fotografar o quadro-negro.
A ciência concorda: um estudo realizado por pesquisadores das Universidades de Princeton e da Califórnia, ambas dos EUA, analisou um grupo de estudantes onde uma parte fazia anotações por computador, outra parte fazia anotações no papel. Eles concluíram que o segundo grupo se saía significativamente melhor em provas do que o primeiro, o que leva a crer que, apesar de os estudantes que anotam por teclado conseguirem registrar mais informações da aula, os que anotam por papel devem compreender as palavras do professor para então escrever o que foi dito, em suas próprias palavras.
Manter um diário (ou caderno de anotações) ajuda a organizar a mente
Normalmente, nossa cabeça é um amontoado de pensamentos variados. Quando temos muitas preocupações ou afazeres, é comum que sintamos a cabeça sobrecarregada. É claro que uma boa conversa com um amigo ou parente pode ajudar, mas já pensou em colocar seus sentimentos ou ideias no papel? É essa a ideia por trás de manter um diário, ou mesmo um caderno de anotações para escrever quando sentir vontade.
Colocar os pensamentos no papel ajuda a organizar melhor a cabeça e pode até, de repente, proporcionar uma reflexão que você não tinha imaginado ou uma solução para algum problema. Escrever põe as coisas em perspectiva e auxilia na tomada de decisões. Mas, mais do que isso, também ajuda a incrementar sua inteligência emocional – ou seja, ajuda a lidar melhor com frustrações, tristezas e a ficar mais bem resolvido com a vida.
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Um estudo publicado na década de 1990 no Academy of Management Journal, dos EUA, dividiu um grupo de 63 engenheiros desempregados em três partes: o primeiro faria anotações diárias sobre sua procura por emprego; o segundo não faria nenhum tipo de anotação; e o terceiro manteria um diário onde escreveria sobre tudo, inclusive sentimentos profundos e pessoais.
Ao fim de oito meses, os pesquisadores descobriram que 53% dos engenheiros do terceiro grupo e 24% do primeiro grupo haviam encontrado emprego, enquanto apenas 14% do segundo estava contratado. Isso levou os pesquisadores à conclusão de que escrever, não apenas sobre fatos objetivos, mas sobre sentimentos, faz com que a pessoa lide melhor com as situações negativas da vida e saiba contorná-las a seu favor.
Escrever é um exercício cognitivo que pode prevenir doenças
O ato de escrever é um ótimo exercício cognitivo que põe o cérebro e a memória para trabalhar. Mais uma da ciência: um estudo da Universidade de Bloomington, nos EUA, comprovou que crianças que aprendem a escrever com letra cursiva, no papel, desenvolvem habilidades motoras e forçam o cérebro a trabalhar mais e melhor. A letra cursiva, que conecta uma letra à outra, é reconhecida pelos pesquisadores como a melhor opção de alfabetização, porque acelera a aprendizagem e a capacidade de leitura de crianças.
Além disso, por ser um exercício cerebral, escrever à mão pode ajudar a prevenir doenças degenerativas como o mal de Alzheimer. Para adultos, uma sugestão é aprender novas línguas, o que põe o cérebro para aprender uma nova forma de comunicação e, consequentemente, a escrever de um jeito diferente. Mais um jeito de “malhar” a cabeça e evitar o envelhecimento dos neurônios!
Fonte: Guia do Estudante